A vida se constrói na medida da sua vontade. Porém, sem perceber você já nem sabe mais identificar o que quer.
Temos alguns níveis de vontade: seja aquela mais frívola do tipo ver uma
torta de chocolate em uma vitrine até aquela que te perturba o sono de tanto
que você quer. E é aqui que acreditamos que todas são iguais. Todas estão na
mesma medida plana e medíocre.
Equívoco.
O querer efêmero tem seu gosto de prazer; A vontade compartilhada com os
amigos em um momento de descontração tem suas cargas de adrenalina; aquela
vontade de conquistar algum bem material ou uma viagem, que será esquecível,
tem seu peso de decisão; e tem aquela última que você aposta sua pele, sua
existência e condiciona do bolo à viagem para alimentar o que realmente é sua
vontade genuína.
Aí entra a construção.
O amor e o legado estão nessa última etapa. A família e a fraternidade
também. É tudo uma construção diária, uma aposta que o prêmio é rotina, insistência
e pequenos passos.
Para mim é muito claro as minhas vontades. Já cometi diversos desvios me
atendo às vitrines e à adrenalina. Eu queria ter aprendido isso quando mais
novo, teria compreendido melhor minhas querências e guiado mais rápido a gana
de conquistá-las.
O fato é que anda tudo tão efêmero, tudo tão só carne e osso que o vislumbre de algo além dos sorrisos de um prazer transitório se torna o máximo da expressão humana na rotina de morrermos como idiotas.
Não aceito isso.
Que saibamos identificar exatamente onde é desejo, vontade, meta ou
amor. Que em uma oração enviesada como essa, saibamos entender. construir e
cumprir o que nos vale a pena realmente viver como missão.
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