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Séries de TV

Captação

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O Audiovisual brasileiro, principalmente o mineiro, precisa sair de dentro de casa, de dentro das garagens.

O modelo de produção nacional, de não dependência da resposta do mercado audiovisual diretamente e estarmos subservientes ao Estado, nos impede hoje de sermos indústria. Isso sem falar que os financiadores da atividade são o Governo pelo FSA e grandes empresas totalmente alheias ao setor do entretenimento.




Antes de mais nada, em conversa com um investidor de um dos FUNCINES ativos na atualidade no Brasil, chegamos à conclusão que, sim, as nossas empresas de garagem sabem executar projetos. Não há dúvida que mesmo com os percalços estatais e de "dinheiro bom" ou "dinheiro incentivado" e atrasos de alíneas e afins, sabemos realizar projetos muito bem.

Porém, não serão com um sem número de empresas familiares na garagem de nossas casas, ou em escritórios de 20m² que nos tornaremos indústria.

Antes de culparmos Estado, Governo, sistema de financiamento, receita e uma série de agentes, precisamos olhar para nossas engrenagens, aquilo que nos move.

Há um tempo muito longo entre a ideia, concepção do projeto, aprovação do projeto, captação, execução, distribuição, prestação de contas e outras milhares de etapas dentro da complexidade do audiovisual. Levamos tempo demais. Pode-se dizer que é por questão de prazo que o dinheiro entra, mas, o que fazemos quando esse processo está já em conclusão? Começamos outro, certo?

Ai que está nosso erro estratégico.

Não quer dizer que não os cometo, e, é exatamente nesse momento que estou mudando totalmente a governança da minha empresa e dos projetos que estou fazendo a gestão com empresas parceiras como Produtor Executivo.

Ao não termos uma linha de produção de projetos, com detalhes bem definidos, como uma indústria que vive de criar inovações, sempre estagnamos e evitamos o desenvolvimento industrial do audiovisual brasileiro.  Nos falta a linha de produção.

Na nossa maioria, somos empresas de garagem e empresas de projeto. Não somos indústria, mas, meramente pequenos investidores desafiantes constantes de mercado.

Outro dia vi uma produtora de renome, no qual não vou revelar nem iniciais, reclamando com a ANCINE pelo fato dessa autarquia não lhe ajudar na organização administrativa de sua empresa.

PORRA! desculpe-me o palavrão, mas quem auxilia uma empresa em processos administrativos é a Ciência da Administração e não o *%$#@@@@ do Governo. 

É exatamente ai que moram nossos problemas conceituais. Precisamos sair de nossas garagens, montarmos linhas de produção, assim como já vimos dezenas de histórias americanas como Harley Davidson, Disney, Apple entre outras.

Ajustarmos nossas engrenagens internas, criarmos uma linha de projetos, pararmos de contratar amigos, buscarmos excelência em cada uma das etapas, termos consciência da gestão de projetos desde front end loading até a entrega final... Enfim, precisamos profissionalizar nossas empresas. Em todos os aspectos.

Enquanto estivermos sendo o faz-tudo dentro da garagem de sua casa, com sua esposa, pensando em mudar o mundo com o audiovisual, não faremos viagens mais longas, nem séries de viagens em processos industriais.

Nosso modelo de produção de cinema de garagem nos leva até cansarmos de tanta sazonalidade quando então passamos a ser mais um bancário- ex-cineasta para garantirmos a sobrevivência.

Mas, estamos em revisão, saindo das garagens... papo para outro post.







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